Dia Internacional das mulheres
Escrito por @lorenavonhroch
Quem aí já ouviu: “Ah se tem dia da mulher, tem que ter dia do homem também!”
Inacreditável, mas ainda hoje há quem diga que a data é mimimi. Ao contrário de outras datas comemorativas, o Dia Internacional da Mulher não foi inventado pelo comércio ou serve apenas para meras homenagens. A celebração tem raízes históricas profundas e o objetivo real é nos levar a refletir sobre os avanços e a atual posição da mulher na sociedade.
O surgimento da data é um pouco controverso e altamente ligado ao mercado de trabalho.
Podemos considerar o “primeiro dia das mulheres” como sendo a passeata que aconteceu em 26 de fevereiro de 1909 em Nova York, quando cerca de 15 mil operárias marcharam pela cidade reivindicando melhores condições de trabalho. Elas costumavam trabalhar cerca de 14 horas diárias e recebiam entre 6 e 10 dólares por semana. Na mesma época crescia também o movimento nas fábricas da Europa. Em 1910, a alemã Clara Zetkin propôs em reunião da Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas a criação de uma jornada de manifestações das mulheres pela igualdade de direitos.
Em 08 de março de 1917 mais de 90 mil operárias russas entraram em greve e percorreram ruas reivindicando melhores condições de vida e trabalho. Após a Segunda Guerra Mundial o mês de março tornou-se aos poucos um símbolo da luta feminina, mas apenas em 1975 a ONU oficializou a data de 08 de março. Hoje a busca pela igualdade ultrapassa as questões trabalhistas, ampliando-se para o convívio afetivo, familiar e social.
Pausa para nota de esclarecimento: Feminismo não é o contrário de machismo!
Machismo é uma construção social que promove e justifica atos de agressão e opressão contra mulheres. O feminismo não busca agredir ou oprimir ninguém. O objetivo é construir uma sociedade que ofereça igualdade de condições entre os dois gêneros. De forma clara, o homem não deixou de votar para a mulher também ter esse direito, sacou?
Por falar em voto, as mulheres conquistaram esse direito no Brasil em 1932. E acredite se quiser, só em 1962, através do Estatuto da Mulher Casada deixou de ser necessário autorização do marido para mulher trabalhar, receber herança e, em caso de separação, requerer a guarda do filho. Faz as contas, há menos de 60 anos!
Na Arábia Saudita só em 2018 as mulheres conquistaram o direito de dirigir, e no Irã elas não podem assistir partida de futebol no estádio.
Ainda temos um longo caminho pela frente, e muito a discutir. Os avanços são inegáveis e beneficiam os dois lados, ninguém perde. Celebra-los é uma maneira de não desanimar. Juntos, mulheres e homens, somos mais fortes.
Feliz Dia Internacional das Mulheres.
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