Nossa casa
Escrito por @loremoreth
Se os outros animais estão aproveitando para visitar (ou revisitar) esses lugares. A humanidade também se beneficia, pois contempla paisagens "antes escondidas" em meia a poluição. É o caso dos moradores da cidade de Jalandhar na Índia, país com um dos maiores índices de poluição do mundo. Após duas semanas em quarentena os indianos dessa região se surpreenderam ao avistar de suas casas, no meio da cidade, a cordilheira do Himalaia. Durante 30 anos essa vista só era possível após as chuvas, e ainda assim de forma turva.
Há pouco tempo atrás recebi pelo Whatsapp um vídeo em que golfinhos chegavam perto do Porto da Sardenha (Itália), como há muito tempo não faziam. O porto, que normalmente tem grande movimentação de navios, agora subutilizado pela espécie humana, está recebendo visitantes bem mais graciosos. O mesmo acontece no Porto de Santos.
Antigos conhecidos também tem aparecido nos canais de Veneza (Itália), aonde cisnes agora nadam tranquilamente. Enquanto isso a Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro, conhecida por ser poluída, também vem mostrando sinais de recuperação da sua biodiversidade nativa, com águas mais claras e a volta de cardumes.
Sem dúvida a pandemia do Coronavírus causou caos na economia ao redor do mundo. Por outro lado o isolamento social para conter sua disseminação apresentou um efeito inesperado, apresenta um momento muito oportuno para a natureza suspirar aliviada e nos mostrar sua imensa capacidade de renovação. Este curto período em que estamos confinados em casa foi o suficiente para a natureza se renovar e nos apresentar a conta das nossas ações.
Se os outros animais estão aproveitando para visitar (ou revisitar) esses lugares. A humanidade também se beneficia, pois contempla paisagens "antes escondidas" em meia a poluição. É o caso dos moradores da cidade de Jalandhar na Índia, país com um dos maiores índices de poluição do mundo. Após duas semanas em quarentena os indianos dessa região se surpreenderam ao avistar de suas casas, no meio da cidade, a cordilheira do Himalaia. Durante 30 anos essa vista só era possível após as chuvas, e ainda assim de forma turva.
Não precisa ir tão longe para ver as mudanças no ar. Os moradores de São Paulo estão sendo presenteados com lindos pores do sol. Se antes se acreditava que o céu só poderia ser contemplado em lugares abertos como praias, a capital paulista vem quebrando esse paradigma e, em meio aos seus edifícios, apresentam-se lindas cores de outono.
Os olhos veem, e os pulmões sentem. A equação é simples: menos carros circulando, menos engarrafamentos, menor tempo de viagem, é igual a menos monóxido de carbono!
Em todo o mundo os sistemas de monitoramento da qualidade do ar indicam melhoras consideráveis. Através de imagens, os satélites que orbitam a Terra, também comprovam quedas nos índices de poluição.
Com grande parte do mundo adotando medidas de distanciamento social, até mesmo o planeta está notando a diferença, há mudanças inclusive no ruído sísmico, o barulho causado pela vibração da crosta terrestre. O sismologista Thomas Lecocp, da Royal Observatory of Belgium, explica que da mesma forma que eventos naturais, como terremotos, podem alterar a vibração da rotação do planeta, as atividades humanas, como movimentações de transporte público, também podem causar o mesmo efeito (principalmente em nível local). Pode soar como exagero pensar que nossas ações alteram a dinâmica terrestre, mas quando somadas, as influências humanas causam pequenas variações na vibração da crosta. Por essa razão, os observatórios normalmente estão localizados em área mais remotas. A atual mudança permite que observatórios mais próximos das cidades também possam desenvolver melhor seus estudos.
Diante de tanto sofrimento causado pelo vírus não podemos achar que a pandemia tem um lado positivo, mas vale refletir sobre nossa atuação e interdependência onde vivemos. Nossos pulmões agradecem a diminuição da poluição, ouvir os pássaros cantando agrada aos ouvidos, e se um vídeo de golfinhos nos faz sorrir, imagina como seria vê-los de pertinho. Somos apenas mais um espécie coexistindo nesse planeta, porém nos gabamos de sermos os únicos "racionais", mesmo assim temos uma imensa dificuldade de entender que vivemos todos na mesma casa. Assim, apesar de ser possível viver junto em conflito, não seria muito melhor viver em harmonia?
Os olhos veem, e os pulmões sentem. A equação é simples: menos carros circulando, menos engarrafamentos, menor tempo de viagem, é igual a menos monóxido de carbono!
Em todo o mundo os sistemas de monitoramento da qualidade do ar indicam melhoras consideráveis. Através de imagens, os satélites que orbitam a Terra, também comprovam quedas nos índices de poluição.
Com grande parte do mundo adotando medidas de distanciamento social, até mesmo o planeta está notando a diferença, há mudanças inclusive no ruído sísmico, o barulho causado pela vibração da crosta terrestre. O sismologista Thomas Lecocp, da Royal Observatory of Belgium, explica que da mesma forma que eventos naturais, como terremotos, podem alterar a vibração da rotação do planeta, as atividades humanas, como movimentações de transporte público, também podem causar o mesmo efeito (principalmente em nível local). Pode soar como exagero pensar que nossas ações alteram a dinâmica terrestre, mas quando somadas, as influências humanas causam pequenas variações na vibração da crosta. Por essa razão, os observatórios normalmente estão localizados em área mais remotas. A atual mudança permite que observatórios mais próximos das cidades também possam desenvolver melhor seus estudos.
Diante de tanto sofrimento causado pelo vírus não podemos achar que a pandemia tem um lado positivo, mas vale refletir sobre nossa atuação e interdependência onde vivemos. Nossos pulmões agradecem a diminuição da poluição, ouvir os pássaros cantando agrada aos ouvidos, e se um vídeo de golfinhos nos faz sorrir, imagina como seria vê-los de pertinho. Somos apenas mais um espécie coexistindo nesse planeta, porém nos gabamos de sermos os únicos "racionais", mesmo assim temos uma imensa dificuldade de entender que vivemos todos na mesma casa. Assim, apesar de ser possível viver junto em conflito, não seria muito melhor viver em harmonia?
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